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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

mico leão dourado


Mico Leão Dourado
Ameaçado
Nome vulgar: MICO LEÃO DOURADO
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callithricidae
Nome científico: Leontopithecus rosalia
Nome inglês: Golden lion marmoset
Distribuição: Mata Atlântica do Rio de Janeiro
Habitat: Mata Atlântica
Hábito: Diurno
Comportamento: Grupo de até 8 indivíduos
Longevidade: 15 anos
Maturidade: Fêmea- 18 meses, Macho- 24 meses
Época reprodutiva: Setembro a março
Gestação: 125 a 132 dias
Nº de filhotes: 1 a 3
Peso adulto: 360 a 710g
Peso filhote: 60 g
Alimentação na natureza: Frutas, insetos, ovos, pequenos pássaros e lagartos.


Alimentação em cativeiro: Frutas, ovos, carne e insetos
Causas da extinção: Tráfico de animais e destruição do habitat
Este raríssimo primata da família Callithricidae possui pelagem cor de fogo e uma juba em torno da cabeça, o que deu origem à sua denominação. Seus pêlos são sedosos e, ao sol, adquirem um belíssimo brilho.
O Mico Leão é conhecido popularmente por sauí, sagüi, sagüi-piranga, sauí vermelho, mico etc. Habita florestas onde existem cipós e bromélias. É onívoro, come insetos, pequenos vertebrados, anfíbios, frutos e vegetais. Animal monógamo, uma vez formado o casal, mantém-se fiel. Entre os Micos-leões, o recém-nascido não passa mais que quatro dias pendurado ao ventre materno. depois disso, é o pai que o carrega, cuida dele, limpa-o e o penteia. A mãe só se aproxima na hora da mamada. Ele estende os braços e o pai lhe entrega o filhote, que mama durante uns quinze minutos. mas, mesmo nessa hora, o pequeno não gosta que o pai se distancie.
Mico Leão Dourado estão levando esta espécie à extinção. Atualmente, resta apenas um único local de preservação deste animal: a Reserva Biológica de Poço das Antas, no Município de Silva Jardim.

Habitat

Mata Atlântica da baixada costeira do Estado do Rio de Janeiro, atualmente restrita aos municípios de Silva Jardim, Rio Bonito, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Cabo Frio, Armação dos Búzios e Saquarema.

Características da espécie

Vive em grupos familiares formados, em média, por seis indivíduos, mas pode variar desde dois até 14 indivíduos
O mico adulto pesa entre 550 a 600 gramas e mede cerca de 60 cm da cabeça até a ponta da cauda.
Não há qualquer diferença de cor de pelo ou tamanho entre o macho e a fêmea da espécie
Na natureza vivem em média, oito anos, mas podem chegar até 10 - 12 anos
Podem reproduzir uma ou duas vezes por ano (setembro a novembro – janeiro a març o), com gestação de 120 dias e normalmente produzem dois filhotes gêmeos.
Alimentam-se de frutos silvestres, insetos, pequenos vertebrados e, eventualmente, de goma de algumas árvores.
Cada grupo utiliza uma área que varia entre 50 ha a 100 ha que é defendida da entrada de outros grupos de micos.
São animais diurnos e à noite, dormem em ocos de árvores ou em emaranhados de cipós e bromélias.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

onça pintada



onça pintada (Panthera onca) é um felino da família Feliade. Esse animal é carnívoro, sendo que também é chamado de jaguar (nome que tem origem na Mitologia Guarani). A onça pintada chega aos 2,10 metros de comprimento, pesa em média 150kg e sua altura chega a 90 cm. Em cativeiro, comem aproximadamente 2,5 kg de carne por dia, porém em liberdade, como gastam mais energia, comem bem mais.
Na Mitologia Maia, é considerada um animal sagrado. Os índios usam sua gordura para passar no corpo das crianças, pois acreditam que isso lhes dá força. Também acreditam que ao comerem a gordura da onça, utilizando para isso a ponta de uma flecha, ficam mais corajosos.
A onça pintada vive às margens dos rios e também nos ambientes campestres desde o sul dos EUA até a Argentina. A onça têm como território individual de caça, aproximadamente 80 quilometros quadrados.

Durante a época do acasalamento, a onça pintada, que é um animal muito solitário, procura um par. A gestação dura cerca de 100 dias e pode ocorrer o nascimento de até 4 filhotes. Os bebês nascem cegos e enxergam somente após duas semanas de vida. Com três meses de vida o filhote começa a sair da toca, para ser ensinado pela mãe a viver sozinho. Após esse período, começa a sua vida solitária. Os machos atingem a maturidade sexual aos três anos e meio e a fêmea aos 2 anos de idade.
A onça pintada é uma excelente nadadora, e tem um grande poder de caça. Suas patas lhe proporcionam uma força extraordinária, o que ajuda muito ao caçar os animais como antas, capivaras, tamanduás, queixadas, cavalos, gado de fazendas, aves, veados, macacos, catetos, pacas, peixes e até jacarés. Também matam jibóias e sucuris quando não encontram outra opção. As onças têm, portanto, uma alimentação muito variada.


A onça pintada tem a mandíbula mais poderosa entre os felinos e a segunda mais poderosa entre os carnívoros. Para matar as capivaras, macacos e outros animais menores ela ataca diretamente no crânio da vítima.
O desmatamento, o envenenamento dos rios e a caça tem dizimado a população de onças pintadas em diversos lugares.
Sua expectativa de vida vária entre 10 e 20 anos, esta oscilação de idade se deve ao fato da onça viver em liberdade ou em cativeiro.



Nome popular: Onça-pintada
Família: Felidae
Classificação da especie: Mammalia
Ordem da especie: Carnívora
Nome científico da especie: Panthera onça
Hábitos: Noturnos
Comportamento: Territorialista e solitário
Habitat: Savanas e florestas
Época reprodutiva da especie: Durante o ano todo
Gestação: cerca de aproximadamente 93 a 105 dias
Número de filhotes: 1 a 4 filhotes
Longevidade: vive um período equivalente à 20 anos


onça-pintada é um animal de extrema beleza, com características bem marcantes, como por exemplo a sua pelagem que possui uma coloração que varia entre os tons de amarelo acastanhado e amarelo bem claro e algumas pigmentações esbranquiçadas, com pintas negrasque normalmente, podem variar de tamanho.
onça-pintada é um animal bastante solitário, que possui características distintas, dentre as mesmas destacam-se: o movimento silencioso que facilita notoriamente a caça, as manchas na pelagem proporcionam uma excelente camuflagem dentre algumas outras características.

Onça Pintada deitada
Por ser um animal tão singular, a onça-pintada é umas das especies com maior índice de contrabando. Além do contrabando, alguns outros fatores contribuirão significativamente para a extinção  dessa espécie, fatores como caça ilegal, poluição/envenenamento dos rios, destruição do seu habitat (desmatamento e queimadas) dentre outros. Dessa maneira, todas essas ações em conjunto contribuirão para a extinção da espécie da onça-pintada.
habitat preferencial da onça-pintada são principalmente as zonas florestais, mas a espécie também vive em savanas e planícies pantanosas. No Brasil a onça pintada é encontrada em diversos ecossistemas, dentre eles destacam-se o Cerrado, Mata Atlântica e Floresta Amazônica. Esses ecossistemas se dividem em diversos estados, onde a espécie antes da extinção era facilmente encontrada, esses estados são:
  • Amazonas;
  • Bahia;
  • Goiás;
  • Tocantins;
  • Espírito Santo;
  • Mato Grosso;
  • Mato Grosso do Sul;
  • São Paulo;
  • Rio Grande do Sul (Cerca de aproximadamente 4 a 6 exemplares no Parque Estadual do Turvo);
  • Santa Catarina;
  • Minas Gerais;
  • Rio de Janeiro;

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

BIODIVERSIDADE


Biodiversidade:

Como é sabido o Brasil é considerado o país de maior diversidade de vida do planeta, o que o torna alvo de cobiça e infindáveis discussões sobre a forma de sua utilização econômica.
A importância da biodiversidade foi compreendida há poucos anos, com o desenvolvimento da biotecnologia, começando-se a observar que quanto mais diversidade de vida possui um país mais e variados produtos poderia desenvolver, principalmente em termos farmacológicos.
Pois bem, biodiversidade é definida como a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros os ecossistemas terrestres, marinhos e outros aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas, conforme art.7º da Convenção sobre a Diversidade Biológica, celebrada na Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92. Portanto, a biodiversidade engloba todos os recursos vivos da terra e ante a sua importância para o ser humano pode ser considerada como um conjunto de riquezas, sendo um patrimônio natural de uma nação.
Com o desenvolvimento da biotecnologia começou-se a observar a importância da diversidade de vida para o desenvolvimento dos mais variados produtos, principalmente os farmacológicos. A biodiversidade tomou notória importância com os estudos do biólogo Edward O. Wilson (Diversidade de vida. Editora Companhia das Letras.1994 e Biodiversidade. Ed. Nova Fronteira.1997). Por sua vez, o descobrimento do potencial real de nossa enorme biodiversidade, a grande extensão territorial brasileira, a falta de recursos para fiscaliza-los, a escassez de recursos naturais no restante do mundo, aliados à falta de conscientização de sua importância científico-econômica estão facilitando a biopirataria que é o comércio ilegal de nossa biodiversidade.
O descobrimento do potencial real de nossa enorme biodiversidade, a grande extensão territorial brasileira, a falta de recursos para fiscaliza-los, a escassez de recursos naturais no restante do mundo, aliados à falta de conscientização de sua importância científico-econômica estão facilitando a biopirataria que é o comércio ilegal de nossa biodiversidade. Aliás, a retirada de nossas riquezas naturais já vem desde o descobrimento, quando então iniciou-se a evasão do nosso patrimônio.
O ser humano sempre utilizou os recursos naturais em prol de seu desenvolvimento e mesmo para sua subsistência, mas a explosão demográfica e o desenvolvimento tecnológico havidos nas últimas décadas principalmente o uso dos recursos biológicos aumentaram sensivelmente chegando a comprometer muitos dos ecossistemas da terra, levando-os praticamente à destruição, com conseqüências desastrosas para a humanidade.
Por sua vez a crescente demanda por produtos químicos e fármacos aumentaram o interesse sobre a biodiversidade existente nas áreas silvestres pouco ou ainda não exploradas como no caso da Amazônia. A industria farmacêutica recentemente retomou o entendimento de que a cura de milhares de enfermidades humanas pode estar nos produtos extraídos dos recursos naturais biológicos das florestas tropicais, o que está fazendo com que suas atenções voltem então para o nosso país.
2. Bioprospecção: definição
Segundo vários estatísticas e estudos amplamente publicados na imprensa em geral, cerca de 25% dos medicamentos existentes foram elaborados com ingredientes ativos extraídos de plantas, devendo ser registrada a relação de 119 substâncias químicas usadas regularmente na medicina em todo o mundo referida por Farnsworth (1997), o que mostra a importância do uso da variedade da flora. Na agricultura a biotecnologia tem se destacado cada vez mais, conseguindo excelentes sucessos na reprodução tanto de plantas quanto na melhoria de produção animal, com importantíssima colaboração de genes de plantas e animais etc.
Dessa forma, a matéria prima, no caso a diversidade de vida, passou a ter maior valor de mercado e consequentemente mais atenção dos países detentores, o que aliado a crescente consciência da valoração da biodiversidade fez com que se buscassem regras para a sua exploração. Assim, surgiu em âmbito planetária uma nova forma de exploração de produtos, a exploração dos recursos naturais biológicos, ou seja a exploração da biodiversidade, surgindo então a bioprospecção. Na Costa Rica, pequeno país da América Central, desenvolve-se por exemplo um projeto piloto de bioprospecção em convênio do Instituto Nacional de Biodiversidade (INBIO) com a Merck & Co., Ltda, com interessantes resultados, conforme relatado por REID et all (1993).
Assim , bioprospecção pode ser definida como o método ou forma de localizar, avaliar e explorar sistemática e legalmente a diversidade de vida existente em determinado local, tem como objetivo principal a busca de recursos genéticos e bioquímicos para fins comerciais.
2.2. Instrumentos de realização
Para a realização e efetivação da bioprospecção é necessário que o Poder Público, as entidades particulares não governamentais (ONGs), as universidades públicas e particulares, as empresas químicas e farmacêuticas entre outras, as comunidades e a coletividade em geral participem concretamente através de convênios, contratos de concessão, permissão e parcerias em geral. Só assim, poderão ser postos em prática os atos do processo de prospecção da biodiversidade.
Também deverão ser elaborados e executados programas com regras bem definidas onde as partes assumem responsabilidades claras, nunca se esquecendo das normas legais vigentes no país, assim como os institutos de direito como o de patente, direito autoral etc. Por sua vez, os contratos devem ter a publicidade necessária que exige o trato com os bens de propriedade do povo como são os que integram a biodiversidade, bem como os aspectos jurídicos internacionais devem ser observados para que o Brasil não venha a ser prejudicado futuramente, lembrando que em muitos casos estarão sendo tratado assuntos que envolvem milhões ou até bilhões de dólares.
2.3. Princípios da bioprospecção
A bioprospecção como nova atividade humana necessita ser regulamentada em termos mundiais para que possa seguir normas ou princípios garantidores de sua execução.
Primeiramente é necessário definir o que é bioprospecção, o que podemos dizer que é o método ou forma de localizar, avaliar e explorar sistemática e legalmente a diversidade de vida existente em determinado local.
Seu objetivo principal é a busca de recursos genéticos e bioquímicos para fins comerciais. Porém, o processo de bioprospecção deve observar princípios para que tenha credibilidade científica, política e econômica, os quais podemos elencar como sendo os seguintes: princípio da prevenção, ou seja na dúvida quanto a danos irreparáveis não deve iniciar-se ou prosseguir; princípio da preservação pois deve ter sempre como objetivo intrínseco a preservação para que não se esgote o recurso; princípio da equidade distributiva é aquele pelo qual os benefícios devem ser partilhados a todos os que participam, notadamente o país proprietário da biodiversidade explorada; princípio da participação pública no qual deverá ser garantida a participação mais ampla possível da população envolvida em todos os seus segmentos através de entidades públicas ou particulares e mesmo o cidadão sozinho; princípio da publicidade pelo qual os atos desta atividade devem ter total transparência e com caráter público, mormente porque está sendo tratado bem de uso comum do povo, ou seja bem de todos da nação, bem difuso; princípio do controle público e privado ou seja o processo deve ser controlado pelos órgãos de fiscalização assim como pelas entidades particulares; e ainda o princípio da compensação onde deverá ser observado que a comunidade ou a pessoa fornecedora da matéria prima ou do conhecimento (como por exemplo os pajés) devem receber compensações em dinheiro ou em bens.
2.4. Ações necessárias
Além dos princípios aqui elencados, é necessário também que sejam tomadas ações concretas no sentido de incrementar o processo de bioprospecção, as quais entendemos ser as seguintes: fazer o inventário da biodiversidade formando uma base de dados concreta para que se conheça o que se tem e assim fornecer subsídios para se conhecer seu potencial; fomentar a conscientização da importância da biodiversidade para a sobrevivência dos ecossistemas e das próprias espécies em geral, por meio da educação ambiental a ser desenvolvida em entidades públicas e privadas, assim como através dos meios de comunicação; definir detalhadamente as atividades e as finalidades relacionadas a cada elemento pesquisado; rever a legislação adequando-a as necessidades de preservação e exploração econômica dos bens naturais em questão disciplinando a sua alienação, utilização, sigilo, patente etc.; estruturar e colocar em prática uma política de prospecção tendo entre seus parâmetros a preservação da soberania nacional e o cuidado para que o povo não seja prejudicado pela má distribuição dos benefícios advindos desta forma de exploração; pautar sempre pela publicidade dos atos do processo de bioprospecção; fomentar a investigação científica desenvolvendo meios modernos, assim como dar condições de aprendizado e aperfeiçoamento ao cientista brasileiro; garantir a partição dos benefícios às comunidades envolvidas, respeitando o direito de propriedade da medicina natural dos indígenas, tanto coletiva quanto individual (curandeiro); incentivar o desenvolvimento das relações formais e informais entre a comunidade científica, as ONGs, os grupos indígenas e a coletividade em geral.
Somente colocando em prática estas ações e outras que fatalmente surgirão como necessárias no caminho, conseguiremos garantir o mínimo de segurança a todos no desenvolvimento dos trabalhos.
2.5. Vantagens
A utilização dos recursos naturais, principalmente os não renováveis, é sempre danosa ao ambiente da terra, mas estamos cientes de que não há outra alternativa a humanidade; temos que usar os recursos que se nos apresentam, mas com as cautelas necessárias para que os danos sejam o menor possível.
Apesar do processo de bioprospecção ser relativamente novo, podemos desde já destacar algumas de suas vantagens que seriam: propicia conhecimento da biodiversidade e seu potencial; fornece substâncias importantes ao homem; favorece o crescimento econômico; é um fator gerador de empregos; proporciona fundo para a conservação; gera impostos; melhora o nível científico do país e poderá melhorar o nível de vida no planeta com a utilização correta dos recursos naturais.
3. Proteção jurídica da biodiversidade e do processo de bioprospecção
A Convenção sobre Diversidade Biológica teve a finalidade, entre outras, de chamar a atenção dos países signatários e também do mundo em geral, sobre a importância da biodiversidade, dos valôres ecológicos, social, econômico, científico, cultural, bem como reafirmou que os Estados são responsáveis pela sua conservação para a obtenção de um desenvolvimento sustentável. Considerou também que é de importância vital a conservação da biodiversidade para atender as necessidades da população mundial. A referida convenção foi aprovada no Brasil pelo Dec.Leg. nº 2, de 1994.

A nossa Constituição Federal (1988), também protege a diversidade quando diz que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado(art.225), o que se pode interpretar que todos têm direito a que nenhuma espécie pereça ou se extinga.
Quanto a preservação dos ecossistemas brasileiros e sua diversidade, o § 4º do referido artigo protege a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira, considerando-os patrimônio nacional. Por sua vez, a Lei 6.938, de 31/08/81, (Política Nacional do Meio Ambiente) tem como princípios a manutenção do equilíbrio ecológico (art.2º,I) e a proteção dos ecossistemas (art.º, IV), mostrando que a preservação da biodiversidade é essencial.
As leis de preservação florestal (Lei 4.771/65, Cód. Florestal) e dos Crimes Ambientais (Lei 9.605/98), bem como a criação das unidades de conservação também protegem a diversidade, pois tentam manter os ecossistemas.
Quanto a proteção da diversidade do patrimônio genético vemos que está expressa no inciso II do referido art.225 constitucional, observando a existência da Lei 8.974, de 5/01/95 (Lei da Biossegurança), que regulamenta os incisos II e V do parágrafo 1º do citado artigo, estabelecendo normas de segurança, fiscalização e comercialização etc. Há ainda a Lei nº 9.456, de 28/04/97 (Lei de Cultivares) que disciplina o direito de propriedade sobre a multiplicação e produção de cultivares e sementes de vegetais.
Portanto, a biodiversidade com os seus elementos e componentes integra assim o meio ambiente, de forma que se constitui em um bem de uso comum do povo, conforme o art.225 da Constituição Federal brasileira, devendo ser protegida e fiscalizada por todos.
Dessa maneira, a Lei 7.347/85 que disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, possibilita, entre outros, sejam impedidos também atos degradatórios à biodiversidade. Por esta lei está capacitado o Ministério Público e as demais pessoas jurídicas elencadas em seu art.5º a defender o processo de bioprospecção, uma vez que este trata de exploração de elementos da biodiversidade que possuem caráter difuso, como visto.
4. Conhecimento tradicional
O "conhecimento tradicional" constitui-se de práticas, conhecimentos empíricos e costumes passados de pais para filhos e crenças das comunidades tradicionais que vivem em contato direto com a natureza; ou seja é o resultado de um processo cumulativo, informal e de longo tempo de formação.
Constitui-se, assim, patrimônio comum do grupo social e tem caráter difuso, pois não pertence a este ou aquele indivíduo mas toda a comunidade, de maneira que toda a comunidade envolvida deve receber os benefícios de sua exploração. Porém, não é dessa maneira que tem sido explorada esta riqueza comunitária através da bioprospecção.
Muitos destes recursos acabam sendo obtidos através da exploração justamente dos conhecimentos tradicionais, os quais servem como indicadores de material apropriado à pesquisa, encurtando a procura dos pesquisadores.
Todavia este método ou processo deve observar princípios para que tenha credibilidade científica, política e econômica, notadamente no que diz respeito aos destinos dos benefícios auferidos, notadamente o princípio da equidade distributiva, que é aquele pelo qual os benefícios devem ser partilhados a todos os que participam, principalmente o país proprietário da biodiversidade explorada, o princípio da participação pública o qual garante a participação mais ampla possível da população envolvida em todos os seus segmentos e o princípio da compensação pelo qual a comunidade fornecedora da matéria prima ou do conhecimento deve receber compensações em dinheiro ou em bens.
Ademais, a Convenção sobre a Diversidade Biológica, aprovada pelo Decreto Legislativo nº2,de 1994, traz em seu Preâmbulo, entre outras coisas, que as Partes Contratantes devem reconhecer a estreita e tradicional dependência de recursos biológicos de muitas comunidades locais e populações indígenas com estilo de vida tradicionais, e que é desejável repartir equitativamente os benefícios da utilização do conhecimento tradicional. Ou seja, as comunidades locais (ribeirinhos, seringueiros etc) e as populações indígenas que fornecerem seus "conhecimentos tradicionais" relevantes para a conservação e exploração da biodiversidade devem receber benefícios, os quais devem ser distribuídos equitativamente.
Isto nos leva a concluir que como aderente da citada Convenção, o país que tiver acesso a exploração dos elementos de nossa biodiversidade através da utilização do "conhecimento tradicional" destas comunidades tradicionais e dos povos indígenas, deve proceder a bioprospecção observando os princípios supra elencados, em especial o princípio da repartição de benefícios, o que deverá estar inclusive previsto em lei.
É importante lembrar ainda que a Convenção sobre Diversidade Biológica determina que os países contratantes criem mecanismos de proteção e acesso aos recursos genéticos, o que está sendo tentado através de projetos que estão no Congresso Nacional, que deverão dispor sobre o controle ao acesso e esses recursos, importante para a proteção de nosso esplendido patrimônio ambiental e em especial o "conhecimento tradicional" de nossos indígenas e comunidades tradicionais.
5. O futuro da vida
Sem a preservação da biodiversidade e um processo consciente e sustentável de bioprospecção, não haverá garantia de sobrevivência da grande maioria das espécies de animais e vegetais, ante a interdependência, e sem ela a humanidade perderá fontes vitais de recursos para a sua sustentação, de forma que devemos desenvolver métodos e ações concretas para a sua preservação. Então o que fazer para isto?
Respondendo cientificamente estas questões o Museu de História Natural de Nova York inaugurou o Hall da Biodiversidade, fruto de estudos de anos e investimentos de milhões de dólares, o qual traz as últimas informações e conclusões científicas sobre o tema. A exposição apresenta os principais ecossistemas do globo com representantes de sua fauna apresentados em painéis riquíssimos com informações científicas de altíssimo nível técnico ao mesmo tempo que de fácil acesso ao público em geral, onde as ameaças à vida na Terra pela exploração excessiva dos recursos naturais também são mostradas. Uma impressionante tecnologia computadorizada coloca a disposição do visitante maiores detalhes sobre o que se expõe.
Só para se ter uma idéia da exuberância dos trabalhos apresentados, a vitrine denominada "Espectro da vida" expõe uma variedade enorme das espécies animais – 1.500, representando os grupos desde micróbios a mamíferos em nove ecossistemas principais da Terra.
A exposição inclui também o impressionante diorama representando a floresta tropical de Dzanga-Sangha, uma reserva na República Central da África, que segundo consta do folheto informativo é o maior diorama do mundo. Com 2,500 pés de área emprega um sistema de alta tecnologia de imagens e sons reproduzindo o comportamento de animais movendo-se assim como os efeitos de iluminação mostram as diferentes horas do dia na floresta. Toda a vegetação foi reproduzida detalhadamente folha por folha, galho por galho, dando impressão de se tratar de uma floresta verdadeira, aliás há inclusive a sensação de umidade, calor e cheiro.
Há ainda acesso por computadores ao BioBulletin com informações sobre eventos mundiais sobre biodiversidade e explanação sobre os processos de extinção das espécies. O painel "Resource Center" mostra as desastrosas atividades humanas, assim como as formas, métodos, diretrizes e caminhos para se tentar evitar a degradação da biodiversidade.
Em suma, a humanidade percebendo as consequências danosas de suas ações e conhecendo a importância da biodiversidade para o futuro da vida, começa uma caminhada contra o tempo e exposições como o Hall da Biodiversidade do Museu Americano de História Natural, que revelam o esplendor da diversidade da Terra e como preservá-la, devem ser divulgadas e principalmente visitadas para que possamos realmente refletir sobre o nosso futuro e das demais formas de vida do nosso belo planeta azul, sem sombra de dúvidas "a última Arca de Noé".

domingo, 6 de janeiro de 2013

BIOPIRATARIA

                            


Um dos problemas ligados à biodiversidade e que se expande no Brasil é a biopirataria, que, em resumo, significa a pirataria ou roubo de recursos genéticos ou biológicos.

A maior biodiversidade está nas áreas tropicais do planeta, onde predominam os países pobres. A biopirataria é praticada por grandes conglomerados transnacionais das nações ricas.

A biopirataria é o envio ilegal de elementos da fauna e da flora de um determinado país para o estrangeiro com fins industriais ou medicinais (cosméticos e remédios).

Calcula-se que esse comércio ilegal movimente cerca de 10 bilhões de dólares por ano. O Brasil, pela grande biodiversidade que apresenta, responde por 10% desse tráfico, principalmente de animais silvestres.



UM CRIME


A biopirataria marca um processo descontrolado de retiradas da natureza que a impede de suprir ou renovar o que dela foi tirado. Estima-se que milhões de animais e plantas são contrabandeados de países como o Brasil, Indonésia, China e Índia. A forma como as riquezas biológicas são expostas geram cada vez mais prejuízos à biodiversidade, pois muitos se passam por turistas ou cientistas bem intencionados e conseguem acesso aos índios, mateiros e matutos, esses que conhecem bem a finalidade de cada planta e de cada animal e suas peçonhas, passam todo seu conhecimento, perdendo assim o controle sobre esses recursos.


         PRINCIPAIS ANIMAIS QUE SOFREM COM A BIOPIRATARIA
                


Biopirataria é roubo de vida, é o contrabando de animais, plantas ou material genético para manipulação de produtos, sejam farmacológicos, cosmetológicos, textil, ou qualquer outro

Conceito:


A biopirataria consiste na apropriação indevida de recursos diversos da fauna e flora, levando à monopolização dos conhecimentos das populações tradicionais no que se refere ao uso desses recursos. O termo “biopirataria” foi lançado em 1993 pela ONG RAFI (hoje ETC-Group) para alertar sobre o fato do conhecimento tradicional e dos recursos biológicos estarem sendo apanhados e patenteados por empresas multinacionais e instituições cientificas. Tais comunidades, que geraram estes conhecimentos fazendo uso destes recursos ao longo dos séculos, estão sendo lesadas por não participarem dos lucros produzidos pelas multinacionais.


Perfil dos biopiratas

Os biopiratas geralmente se fazem passar por turistas ou por cientistas, todos documentados portando passaporte e em alguns casos, aval governamental, porém com intenções bem definidas, como a exploração e o tráfico de mudas, sementes, insetos, e toda a sorte de interesses em nossa farta biodiversidade, sempre se aproveitando da inocência e da carência social e econômica de nossa gente. Principais pessoas procuradas pelos biopiratas para orientá-los pelo fato de conhecerem os mistérios e riquezas da natureza local. Governo corrupto do Brasil é um dos principais colaboradores da biopirataria.




Biopirataria na Amazônia

A biopirataria não é apenas o contrabando de diversas formas de vida da flora e fauna mas principalmente, a apropriação e monopolização dos conhecimentos das populações tradicionais no que se refere ao uso dos recursos naturais. Ainda existe o fato de que estas populações estão perdendo o controle sobre esses recursos. No entanto, esta situação não é nova na Amazônia. Este conhecimento portanto, é coletivo, e não simplesmente uma mercadoria que se pode comercializar como qualquer objeto no mercado. Porém, nos últimos anos, através do avanço da biotecnologia, da facilidade de se registrar marcas e patentes em âmbito internacional, bem como dos acordos internacionais sobre propriedade intelectual, tais como TRIPs, as possibilidades de tal exploração se multiplicaram.
 

Como São Transportados os Produtos Biopirateados
Biopirataria de vegetais: o transporte é bastante simples, podendo esconder sementes, gêmulas ou culturas em bolsos, canetas, frascos de cosméticos, dobras e costuras das roupas, entre outras formas. Além disso, o comércio legalizado de plantas medicinais e a indústria de fitoterápicos disponibilizam livremente fragmentos e extratos vegetais que podem ser adquiridos nos mercados e feiras e levados sem nenhuma restrição.

Tráfico de animais: transportados no interior de caixas, fundos falsos de malas, dentro de tubos PVA, entre outras formas, sendo muito agressivo aos animais que, muitas vezes, chegam a morrer antes mesmo de chegar ao local de destino.

Tráfico de animais
Dos animais silvestres comercializados no Brasil, estima-se que 30% sejam exportados. O principal fluxo de comércio ilegal nacional dirige-se da região Nordeste para a região Sudeste, precisamente o eixo Rio - São Paulo. Grande parte da fauna silvestre é contrabandeada diretamente para países vizinhos, através das fronteiras fluviais e secas. Destes países fronteiriços seguem para países do primeiro mundo. Em todo negócio clandestino, é difícil estabelecer cifras precisas, mas sabe-se que o tráfico internacional de animais silvestres só perde, em faturamento, para o de drogas e de armas. Especialistas dizem que:

O comércio ilegal de animais silvestres

80% dos animais morrem antes de chegar ao “consumidor final”;

95% do comércio de animais silvestres brasileiros é ilegal.


Prejuízos da Biopirataria
Além do perigo de extinção, que algumas espécies de animais e vegetais enfrentam decorrente do tráfico, a biopirataria pode acarretar outros prejuízos, tais como:

Privatização de recursos genéticos (derivados de plantas, animais, microorganismos e seres humanos) anteriormente disponíveis para comunidades tradicionais;

Risco de perdas de exportações por força de restrições impostas pelo patenteamento de substâncias originadas no próprio país.

Como Evitar a Biopirataria:

Na era da biotecnologia e da engenharia genética tudo que se precisa para reproduzir uma espécie, são algumas células facilmente levadas e dificilmente detectadas por mecanismos de vigilância e segurança. Por essa razão evitar a biopirataria no Brasil é um trabalho bastante difícil, e alguns acreditam que a forma mais eficiente é incentivar pesquisas científicas, através de investimentos em Ciência e Tecnologia, pois para retirar material biológico não há necessidade de grandes aparatos ou de estruturas formais.
 




sábado, 5 de janeiro de 2013

floresta atlântica

                           floresta atlântica


A Floresta Atlântica é o segundo conjunto de matas especialmente expressivas na América do Sul, perdendo apenas para a Floresta Amazônica, a maior do planeta. Denominada de Floresta Pluvial Atlântica, está localizada na Serra do Mar, que faz parte do Domínio Florestal Tropical Atlântico. 


Este Domínio Florestal estende-se por uma faixa relativamente paralela à costa brasileira, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, e constitui-se por "mares de morros" e "chapadões florestados", com solos profundos de drenagem perene.

O clima, na região compreendida pelas florestas pluviais atlânticas, tem duas estações, definidas principalmente pelo regime de chuvas, embora seja latitudinalmente bastante variável. Enquanto no Nordeste brasileiro as temperaturas médias anuais variam em torno de 24ºC, nas regiões Sudeste e Sul as médias anuais são mais baixas e a temperatura pode ocasionalmente chegar a -6ºC.

A Serra do Mar, representada por uma cadeia de montanhas costeiras, apresenta uma série de interrupções, onde o cinturão das matas pluviais também se interrompe. A altitude média nesta cadeia de montanhas é de 800 a 900 metros, com picos emergentes com cerca de 1.400 metros e escarpas de até 2 mil metros. Nos topos das montanhas ocorrem campos de afloramentos rochosos e, excepcionalmente, acima de 1.700 metros, a floresta dá lugar a campos de altitude.

A Floresta Atlântica estende-se ao longo das montanhas e das encostas voltadas para o mar, bem como na planície costeira. Ela deve sua existência à elevada umidade atmosférica trazida pelos ventos marítimos. O vento úmido se condensa na costa, sob a forma de chuvas, ao subir para as camadas frias de maior altitude.
Além da alta pluviosidade, nos topos dos morros há condensação de água em forma de neblina. Isto ocorre até mesmo durante os meses de primavera e verão, nas horas quentes do dia.
Nem toda a costa oriental do Brasil, porém, apresenta condições climáticas idênticas e índices pluviométricos compatíveis com a existência de matas pluviais. Por esta razão, também ocorrem interrupções naturais das florestas, ao longo da Serra do Mar.


Atualmente, as florestas atlânticas brasileiras encontram-se quase completamente devastadas, restando apenas cerca de 5% de matas preservadas de sua extensão original, da época do descobrimento do Brasil. A parcela mais representativa do que restou encontra-se nas regiões Sul e Sudeste, onde o relevo de escarpas íngremes dificulta o acesso e a devastação.

A pujante Floresta Atlântica, com vegetação arbórea em torno de 30 metros e árvores que ultrapassam o dossel, atingindo 40 metros de altura, apresenta intensa vegetação arbustiva no estrato inferior. É uma floresta de grande diversidade vegetal, com muitas samambaias, inclusive as arborescentes, além de orquídeas terrestres e palmeiras, entre as quais se encontra a Euterpes edulis, com cerca de 10 metros de altura e de cujo tronco se extrai o palmito. 

Além dos tapetes de musgos e inúmeros fungos, a Floresta Atlântica é muito rica em lianas e epífitas, entre as quais as samambaias, orquídeas e bromélias.

Estas últimas, com suas folhas dispostas em roseta, retêm sempre uma certa quantidade de água, condicionando um habitat propício ao desenvolvimento de uma fauna particular, como por exemplo a de larvas e adultos de várias espécies de artrópodes e de sapos.
De um modo geral, a fauna nesta floresta é predominantemente ombrófila, isto é, adaptada à sombra e pouco tolerante às variações de umidade, temperatura e insolação. Como conseqüência direta ou indireta da derrubada das matas, muitas espécies têm sido atingidas.
Além da fauna terrestre, a Mata Atlântica tem também uma rica fauna de peixes que habitam os pequenos riachos que permeiam as áreas florestadas. 

Muitos destes peixes orientam-se pela visão para localizar alimento ou parceiros reprodutivos, bem como para seus comportamentos sociais, e são incapazes de sobreviver em águas turvas ou claras, sujeitas à luminosidade intensa, quando ocorre a remoção da floresta. Além disso, a manutenção de temperaturas amenas nos riachos e no solo só é possível graças à intensa cobertura vegetal.

fauna:

A fauna da Floresta Atlântica representa uma das mais ricas em diversidade de espécies e está entre as cinco regiões do mundo que possuem o maior número de espécies endêmicas. Está intimamente relacionada com a vegetação, tendo uma grande importância na polinização de flores, e dispersão de frutos e sementes. A precariedade dos levantamentos sobre a fauna da Mata Atlântica torna sua descrição e análise mais difícil que no caso da vegetação (Adams, 2000), mas, apesar da carência de informações para alguns grupos taxonômicos, estudos comprovam uma diversidade bastante alta.


Os animais podem ser divididos em dois grupos, de acordo com o grau de exigência:

Os generalistas são pouco exigentes, apresentam hábitos alimentares variados, altas taxas de crescimento e alto potencial de dispersão. Estes fatores permitem a estes animais viverem em áreas de vegetação mais aberta ou mata secundária. São chamados de generalistas por causa do alto grau de tolerância e à capacidade de aproveitar eficientemente diferentes recursos oferecidos pelo ambiente. Ex: sabiá-laranjeira, sanhaço, pica-pau, gambá, morcegos, entre outros.



Os especialistas, ao contrário dos primeiros, são extremamente exigentes quanto aos hábitats que acupam. São animais que vivem em áreas de floresta primária ou secundária em alto grau de regeneração, apresentando uma dieta bastante específica. Para este grupo, a alteração do ambiente significa a necessidade de procurar novos hábitats que apresentem condições semelhantes às anteriores. Ocorre também a necessidade de grandes áreas para sobreviverem, sendo que sua redução pode ocasionar a impossibilidade de encontrar um parceiro para reprodução, comprometendo o número de indivíduos da espécie, podendo levá-la à extinção. Alguns destes animais, por representarem o topo de cadeias alimentares, possuem um número reduzido de filhotes, o que dificulta ainda mais a manutenção destas populações. Ex: onça-pintada, mono-carvoeiro, jacutingas, gavião-pombo, entre outros.


A relação entre animais e plantas da Mata Atlântica é bastante harmônica. O fornecimento de alimento ao animal em troca do auxílio na perpetuação de uma espécie vegetal, é bastante comum. As plantas com flores e seus polinizadores  foram adaptando hábitos e necessidades ao longo de milhões de anos de convívio. Flores grandes e coloridas atraem muitos beija-flores, as perfumadas atraem as mariposas e algumas flores, para atrair moscas, exalam um perfume semelhante ao de podridão. Acredita-se que três a cada quatro espécies vegetais da Mata Atlântica, sejam dispersadas por animais, principalmente por aves e mamíferos, que alimentam-se de frutos e defecam as sementes ou as eliminam antes da ingestão. Pássaros frugívoros possuem grande percepção visual e se alimentam de sementes muitas vezes bem pequenas. Jacarés e lagartos, aproveitam os frutos caídos no chão e mamíferos como os macacos, acabam proporcionando a dispersão em grandes áreas.



Um breve resumo sobre os grupos:
Mamíferos
No final do Pleistoceno, com a extinção maciça dos animais gigantes, a fauna brasileira de mamíferos terrestres foi empobrecida, mas as variedade de espécies de pequeno porte se manteve.
A Mata Atlântica possui 250 espécies de mamíferos, sendo 55 endêmicas, com a possibilidade de existirem diversas espécies desconhecidas. São os componentes da fauna que mais sofreram com os vastos desmatamentos e a caça, verificando-se o desaparecimento total de algumas espécies em certos locais.
Há uma grande quantidade de roedores e quirópteros (morcegos), e apesar de não ser tão rica em primatas quanto a Amazônia, possui um número razoável de espécies (Adams, 2000).
Exceto em relação aos primatas, quase nada se sabe sobre a situação dos demais grupos de mamíferos da Mata Atlântica. (Coimbra filho, 1984; Câmara, 1991).
AvesA Mata Atlântica apresenta uma das mais elevadas riquezas de aves do planeta, com 1020 espécies. É um importante centro de endemismo, com 188 espécies endêmicas e 104 ameaçadas de extinção. Estas espécies encontram-se ameaçadas principalmente pela destruição de hábitats, pelo comércio ilegal e pela caça seletiva de várias espécies. Um dos grupos que corre maior risco de extinção é o das aves de rapina (gaviões, por exemplo), que apesar de ter uma ampla distribuição, estão sofrendo uma drástica redução de seus nichos. Várias espécies quase se extinguiram pela caça, como é o caso dos beija-flores e psitacídeos em geral (araras, papagaios, periquitos) (Por, 1992).
Anfíbios
Com hábitos predominantemente noturnos e discretos, o que os torna pouco visíveis em seu ambiente natural, os anfíbios representam um dos mais fascinantes grupos. Exploram praticamente todos os hábitats disponíveis; apresentam estratégias reprodutivas altamente diversificadas e muitas vezes bastante sofisticadas, ocupam posição variável na cadeia alimentar e possuem vocalizações características, demonstrando a diversificação biológica e seu sucesso evolutivo.
Em relação aos anuros (sapos, rãs e pererecas), um ecossistema bastante importante é o conhecido "copo" das bromélias, um reservatório que serve de moradia, alimentação e local para reprodução de algumas espécies.
A Mata Atlântica concentra 370 espécies de anfíbios, cerca de 65% das espécies brasileiras conhecidas. Destas, 90 são endêmicas, evidenciando a importância deste grupo.
Répteis
Em relação à fauna de répteis, grande parte apresenta ampla distribuição geográfica, ocorrendo em outras formações como a Amazônia, Cerrado e até na Caatinga. No entanto, são conhecidas muitas espécies endêmicas da Mata Atlântica, por exemplo, o jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) (MMA,2000). Uma comparação entre os répteis da Amazônia, da Mata Atlântica e do Nordeste dos Andes (Dixon, 1979, apud Por, 1992) mostrou que a Mata Atlântica possui 150 espécies, das quais 43 também existem na Amazônia, 1 nos Andes e 18 são de larga distribuição neotropical. O endemismo dos répteis da Mata Atlântica é bastante acentuado, entretanto novas espécies ainda estão sendo descobertas. (Por, 1992)
Peixes
Os ecossistemas aquáticos da Mata Atlântica brasileira possuem fauna de peixes muito variada, associada de forma íntima à floresta que lhe proporciona proteção e alimento. ( MMA, 2000)
O número total de espécies de peixes da Mata Atlântica é 350, destas, 133 são endêmicas. O alto grau de endemismo é resultado do processo de evolução das espécies, em área isolada das demais bacias hidrográficas brasileiras. (MMA, 2000)

A maior parte dos rios encontra-se degradada, principalmente pela eliminação das matas ciliares, erosão, assoreamento, poluição e represamento. Apesar de estudada há bastante tempo, a fauna de água doce brasileira não é bem conhecida . Nos rios da mata ombrófila densa, existem espécies dependentes da floresta para seu ciclo de vida, principalmente aquelas que se alimentam de insetos, folhas, frutos e flores (Adams, 2000), contribuindo também para a dispersão de sementes e frutos e para a manutenção do equilíbrio do ambiente aquático.





sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

POVOS INDIGINAS DA AMAZONIA

A população indígena da Amazônia é dividida em 6 troncos lingüisticos: Tupi, Karib, Tukano, Jê, Pano e Aruaque. As tribos habitantes do Acre são principalmente dos troncos Pano e Aruaque. Ao Pano pertencem os Kaxinawás, Yawanawás, Poyanawás, Jaminawás, Nukuinis, Araras e Kaxararis. Ao tronco Aruaque pertencem os Kulinas e os Kampas. Também são habitantes na área atual do Acre os Katukinas, os Machineris e alguns grupos isolados sem contato. Os Indios vivem da caça, pesca, agricultura e do extrativismo. Eles plantam mandioca, milho, algodão, tabaco e vários frutos. Nas comunidades existem os curandeiros chamados "pajés" que transmitem seu conhecimento sobre rituais e plantas medicinais oralmente aos seus sucessores. Os rituais de alguns povos indígenas na área do Acre são acompanhados com a ingestão da "Ayahuasca" ou "Yagé", uma bebida alucinógena feito de certos cipós e folhas. O pensamento da sociedade indígena é bastante diferente: geralmente não existe o mesmo conceito de propriedade como no mundo "envolvido". Também a maneira como se faz decisões em respeito à aldeia ou à tribo não é na mesma forma linear hierárquica. Estas e outras diferenças da mentalidade indígena levaram a muitos preconceitos contra os índios, como que eles seriam mentirosos e não confiáveis. Estes preconceitos sempre serviram como justificativa para a discriminação e extinção dos índios.




                                          A história


Durante a colonização, os povos índiginas fugiram. os colonos entraram na floresta amazonica  para escapar
até o seculo passado , a maioria dos povos indíginas nunca tinha  estado em contacto com a sociedade  ocidental.




Cultura indígena

O esforço das autoridades para manter a diversidade cultural entre os índios pode evitar o desaparecimento de muita coisa interessante. Um quarto de todas as drogas prescritas pela medicina ocidental vem das plantas das florestas, e três quartos foram colhidos a partir de informações de povos indígenas.
Na área da educação, a língua tucana, apesar do pequeno número de palavras, é comparada por lingüistas como a língua grega, por sua riqueza estrutural - possui, por exemplo, doze formas diferentes de conjugar o verbo no passado.

Ritos e mitos

No Brasil, muitas tribos praticam ritos de passagem, que marcam a passagem de um grupo ou indivíduo de uma situação para outra. Estes ritos se ligam a gestação e ao nascimento, à iniciação na vida adulta, ao casamento, à morte e a outras situações.
Poucos povos acreditam na existência de um ser superior (supremo), a maior parte acredita em heróis místicos, muitas vezes em dois gêmeos, responsáveis pela criação de animais, plantas e costumes.
Índia, menina indígena

Arte

A arte se mistura a vida cotidiana. A pintura corporal, por exemplo, é um meio de distinguir os grupos em que uma sociedade indígena se divide, como pode ser utilizada como enfeite. A tinta vermelha é extraída do urucum e a azul, quase negro, do jenipapo. Para a cor branca, os índios utilizam o calcário. Os trabalhos feitos com penas e plumas de pássaros constituem a arte plumária indígena.
Alguns índios realizam trabalhos em madeira. A pintura e o desenho indígena estão sempre ligados à cerâmica e à cestaria. Os cestos são comuns em todas as tribos, variando a forma e o tipo de palha de que são feitos. Geralmente, os índios associam a música instrumental ao canto e à dança.



A geração de hoje não sabe muito sobre os indígenas de antigamente, podendo-se dizer que os mesmos só conhecem as culturas atuais e as maneiras que vivem atualmente devido a reportagens de televisão, quando na verdade se recusam a saber qual foi a verdadeira realidade indígena e quais foram as culturas, manias e missões que foram passadas de gerações para gerações.
Quando a civilização começou a se expandir no território brasileiro os índios foram obrigados a se esconder em lugares precários e matas perigosas para que seu povo não fosse afetado com a exterminação daquela raça, e assim foi que começaram suas vidas isoladas e longe da sociedade vivendo em florestas completamente escondidas.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

PROTEÇÃO A ARARA AZUL




Proteção de animais: Arara Azul

A arara azul ainda figura na lista de espécies ameaçadas de extinção, sendo as principais causas a caça, o comércio clandestino, no qual as aves são capturadas enquanto filhotes, ainda no ninho e a degradação em seu habitat natural através da destruição atrópica. No Pantanal Sul-matogrossense é desenvolvido o Projeto Arara Azul, que realiza o manejo e promove a conservação dessa ave em seu ambiente natura, assim como dos tucanos, araras vermelhas, gaviões, corujas, pato-do-mato e outras espécies que co-habitam com a arara azul no Pantanal. 


O que é

O Projeto Arara Azul é um projeto que estuda a biologia e relações ecológicas da arara-azul-grande, realiza o manejo e promove a conservação da arara azul em seu ambiente natural. O Projeto estuda a biologia reprodutiva das araras vermelhas, tucanos, gaviões, corujas, pato-do-mato e outras espécies que co-habitam com a arara azul no Pantanal.

O Projeto compreende o acompanhamento das araras na natureza, o monitoramento de ninhos naturais e artificiais numa área de mais de 400 mil hectares além do trabalho, em conjunto com proprietários locais, de conservação da espécie. 

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Casal de arara azul defendendo ninho beliscando galho.
Foto: Luciano Candisani
Fêmea de arara azul saindo do ninho em manduvi.
Foto: Luciano Candisani

O Projeto utiliza a arara azul como uma espécie bandeira para promover a conservação de outras espécies, da biodiversidade e do Pantanal como um TODO.

O Projeto é realizado no Pantanal, principalmente do Estado do Mato Grosso do Sul e esporadicamente no Estado de Mato Grosso.

O Instituto Arara Azul

O Instituto Arara Azul foi criado no dia 03 de setembro de 2003. O Instituto é uma sociedade civil de direito privado, para fins não econômicos, com autonomia administrativa e financeira, com sede e foro na cidade de Campo Grande, MS, com prazo de duração indeterminado e abrangência nacional.

A partir de 2004 o Instituto Arara Azul passa a gerenciar e administrar os recursos recebidos pelo Projeto Arara Azul.




Áreas de estudo do Projeto 


O Projeto começou a ser realizado no Pantanal da Nhecolândia, tendo como apoio a Fazenda Nhumirim do Centro de Pesquisa Agropecuária do Pantanal – CPAP Embrapa e 13 propriedades da região. Posteriormente, a convite dos proprietários da Pousada Arara Azul expandiu o Projeto para o Pantanal do Abobral.

Atualmente, existem duas bases de campo do Projeto Arara Azul: no Refúgio Ecológico Caiman no Pantanal de Miranda e na Pousada Araraúna, no Pantanal de Aquidauana. Nas duas bases os hóspedes podem conhecer as atividades do Projeto, através do Centro de Visitantes, realizar o turismo de observação e colaborar com a pesquisa, adquirindo produtos exclusivos do projeto.
 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

caatinga e sua fauna


                             CAATINGA

A caatinga, palavra originária do tupi-guarani, que significa “mata branca”, é o único sistema ambiental exclusivamente brasileiro. Possui extensão territorial de 734.478 de quilômetros quadrados, correspondendo a cerca de 10% do território nacional, está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais.

As temperaturas médias anuais são elevadas, oscilam entre 25° C e 29° C. O clima é semiárido; e o solo, raso e pedregoso, é composto por vários tipos diferentes de rochas.

A ação do homem já alterou 80% da cobertura original da caatinga, que atualmente tem menos de 1% de sua área protegida em 36 unidades de conservação, que não permitem a exploração de recursos naturais.

As secas são cíclicas e prolongadas, interferindo de maneira direta na vida de uma população de, aproximadamente, 25 milhões de habitantes.

As chuvas ocorrem no início do ano e o poder de recuperação do bioma é muito rápido, surgem pequenas plantas e as árvores ficam cobertas de folhas. 

Vegetação – As plantas da caatinga são xerófilas, ou seja, adaptadas ao clima seco e à pouca quantidade de água. Algumas armazenam água, outras possuem raízes superficiais para captar o máximo de água da chuva. E há as que contam com recursos pra diminuir a transpiração, como espinhos e poucas folhas. A vegetação é formada por três estratos: o arbóreo, com árvores de 8 a 12 metros de altura; o arbustivo, com vegetação de 2 a 5 metros; e o herbáceo, abaixo de 2 metros. Entre as espécies mais comuns estão a amburana, o umbuzeiro e o mandacaru. Algumas dessas plantas podem produzir cera, fibra, óleo vegetal e, principalmente, frutas.


Arara-azul
Fauna – A fauna da caatinga é bem diversificada, composta por répteis (principalmente lagartos e cobras), roedores, insetos, aracnídeos, cachorro-do-mato, arara-azul, (ameaçada de extinção), sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado catingueiro, tatupeba, sagui-do-nordeste, entre outros animais. 

A Caatinga é um ecossistema único com ocorrência de rica
vegetação em região semi-árida

O bioma Caatinga é o principal ecossistema existente na Região Nordeste, estendendo-se pelo domínio de climas semi-áridos, numa área de 73.683.649 ha, 6,83% do território nacional; ocupa os estados da BA, CE, PI, PE, RN, PB, SE, AL, MA e MG. O termo Caatinga é originário do tupi-guarani e significa mata branca. É um bioma único pois, apesar de estar localizado em área de clima semi-árido, apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e endemismo. A ocorrência de secas estacionais e periódicas estabelece regimes intermitentes aos rios e deixa a vegetação sem folhas. A folhagem das plantas volta a brotar e fica verde nos curtos períodos de chuvas.




        Um animal da caatinga ameaçado de extinção


A caatinga é um bioma que se concentra na região nordeste do Brasil. Ocupando quase 12% do território nacional, ela cobre grandes faixas do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e também um pedaço do norte de Minas Gerais. Perfazendo uma área de 955.755,79 km2, em 1.280 municípios. Por vários fatores várias espécies de seus bichos estão ameaçadas de extinção. Hoje vamos falar do tatu-bola que já serviu tanto de alimentação para o homem caatingueiro, embora não tanta carne assim, que valha a pena o seu abate. Mesmo assim ser humano com seu instinto de destruição continua matando impiedosamente os que ainda restam.

Por conta disso, de acordo com a lista nacional das espécies de fauna brasileira ameaçada de extinção, publicada em maio de 2003, pelo Ibama, vivem no bioma 28 espécies ameaçadas de extinção, entre elas o Tatu-bola (Tolypeutes trinctus): considerado o menor tatu brasileiro, medindo de 22 a 27 centímetros, esse animal enrola seu corpo e fica parecido com uma bola quando se sente ameaçado. O que não é suficiente para se livrar das garras dos predadores.


A ocupação humana da Caatinga é um problema muito sério, pois a seca faz parte e é característica da paisagem e o homem, após séculos de ocupação, pouco entende sobre como se desenvolve e é frágil esse bioma, aspectos que tornam a vida nele ainda mais difícil.
Seus principais impactos ambientais são a formação de grandes latifúndios para a criação de gado, desmatamentos para formar pastagens e implantar indústrias, exploração irregular de recursos hídricos, de combustíveis fósseis e projetos de irrigação e drenagem executados sem critério, que provocam a salinização do solo ou o assoreamento dos açudes. Além disso, devido ao desmatamento, muitas áreas atingiram um nível de desertificação irreversível que tende a se expandir gradativamente para áreas vizinhas.